Killzone 2
"Killzone 2" é o "Gears of War" do PlayStation 3. Uma experiência de guerra brutal, intensa,
frenética e marcante. O enredo dá continuidade direta às histórias dos títulos
anteriores. A principal diferença fica para o fato que desta vez saímos do
planeta Vekta, palco dos primeiros dois episódios e lar da Interplanetary
Strategic Alliance, exército do qual o protagonista faz parte.
A batalha agora acontece em Helghan, residência dos Helghast, o exército inimigo no qual os soldados usam a característica máscara de olhos vermelhos e brilhantes.
Cheio de clichês, mas
vibrante e envolvente, o roteiro de "Killzone 2" dá o tom para a
experiência: basicamente uma compilação aprimorada de elementos vistos nos
principais games de tiro dos últimos tempos. Gears of War é a inspiração mais
clara, só que momentos de "Call of Duty 4: Modern Warfare" e
"Halo" ressoam a todo momento. Você faz parte de um esquadrão de
quatro soldados canastrões - alguns veteranos dos Killzone anteriores - que
falam palavrões o tempo todo, são sujos e curtem uma boa briga. Nada de
idealismo heróico, assim como a turma do Marcus Fenix.
O próprio caminho traçado
remete a outras tantas aventuras: você começa no olho do furacão, na frente de
batalha. Progride, é obrigado a fazer um desvio, invade fortalezas
subterrâneas, retoma a rota principal e eventualmente se defronta com o
principal general ou similar do grande líder do exército inimigo. Previsível
sim, empolgante também.
Toda essa emoção é mérito do
magnífico trabalho realizado pela Guerrilla. Os gráficos são absolutamente
sensacionais, destacando-se com folga dentre os melhores do PlayStation 3.
Todavia, o mérito maior não está tanto na tecnologia, na quantidade de
polígonos em ação, efeitos ligados e filtros presentes. De fato, não raro se encontram
texturas pixeladas e borradas, polígonos que se quebram e falhas similares. O
grande trunfo reside na ambientação criada com todo esse arsenal técnico. O
clima de guerra é eminente, a todo momento se ouvem tiros, explosões, edifícios
em ruínas e uma densa névoa de poeira inunda os cenários, quase como um
lembrete da destruição que o rodeia.
A interação com cenários é meticulosa. Nem todos os objetos que se vê são interativo. Contudo, tais elementos abundam em momentos decisivos, no calor da batalha. Quase tudo usado por cobertura pelos soldados fica marcado de balas, quebra de alguma maneira e às vezes até se desfaz. Os elementos convergem para a grande proposta de "Killzone 2": criar uma experiência cinematográfica interativa.
Uma das grandes proezas
memoráveis de "Killzone 2" é conseguir usar o sensor de movimento dos
controles do PS3 de maneira útil e agradável. São elementos sutis: gire para
controlar manivelas, instalar bombas ou maneje para os lados a fim de acertar a
precisão da mira do rifle de franco-atirador. Nada revolucionário, mas tipo de
detalhe que valoriza o conjunto da obra.
As opções de partida online para vários jogadores garantem imensa sobrevida mesmo após o fim da campanha principal - relativamente extensa, exigindo cerca de 10 horas para ser finalizada por alguém com experiência no gênero. O sistema busca inspiração em "Call of Duty 4" e "Team Fortress 2", privilegiando trabalho em equipe assim como evolução de personagens, o que confere habilidades extras.
-ENDLESS ∞
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